Suspirando nº 2

                                       Suspirando com Jakeline.

                           

Não acredite   

Eu não me sinto leve, e nem solta, não me sinto capaz de acreditar em certos sentimentos, nem capaz de acreditar que o amor realmente existe. Escrevo sobre ele e por ele porque muitas pessoas acreditam que ele exista, e por elas eu escrevo, eu me dedico, eu sinto que elas necessitam e não merecem sofrer com palavras cruéis, sinto que elas acreditam em minhas palavras e sabem que eu terei o tempo para confortá-las. Não posso chegar a uma pessoa e dizer em um tom frio e sóbrio que o amor, o digníssimo amor não existe, que é uma 

ilusão, no máximo paixão, somente isso, não posso machucá-las, seria uma culpa eterna, seria uma angústia dentro de mim. Elas precisam de minhas palavras. Eu sei disfarçar bem meus sorrisos e minha alma, minha aparência não revela nada a ninguém, posso até chegar ao meu limite, mas sempre, sempre disfarçarei a minha dor por qualquer outro problema, me mostro feliz por fora, não digo que eu seja totalmente triste por dentro, pois o amor existe somente entre a minha família e meus amigos, são eles que me dão forças para saber disfarçar tão bem, e a minha dor não pode ser exposta para mais ninguém, todos devem pensar o que eles vêem em mim todos os dias, uma garota alegre, rodeada de amigos. Se eu contar isso a alguém vão me perguntar o porquê de tanta descrença, de tanta falta de esperanças dentro de mim, o caso, a situação, é que sempre, aliás, as duas vezes que eu tive a verdadeira esperança de que o amor existe nas duas vezes em que eu acreditei eu me decepcionei amargamente, me senti ingênua, me pergunto sempre o porquê de tanta ingenuidade, me culpo por perder o meu tempo acreditando nessa história imbecil, talvez não seja a minha hora de descobrir o amor, mas quando chegar a hora, eu espero não ter morrido de tanto esperar.

Jakeline, MT